A recente decisão de transferir o tráfego aéreo do Aeroporto
Santos Dumont para o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão) gerou
grande preocupação e controvérsia entre os cidadãos e especialistas em
transporte no Rio de Janeiro. A medida, promovida pelo prefeito Eduardo Paes e
patrocinada pelo governo Lula, foi tomada sem a devida consideração das
complexas questões de segurança que envolvem a relação entre o aeroporto, suas
vias de acesso e a cidade.
Nos últimos dias, a cidade do Rio de Janeiro tem enfrentado
uma onda alarmante de violência, com narcoterroristas promovendo um verdadeiro
"show de horrores". As ações criminosas, que incluíram o fechamento
da Linha Amarela, Linha Vermelha e Avenida Brasil, não apenas paralisaram
importantes vias de acesso à cidade e ao aeroporto internacional, mas também
obrigaram a uma intervenção das forças de segurança de maneira contundente,
provocando uma grande percepção de insegurança e pavor entre os cariocas, com
repercussões negativas na imprensa nacional e internacional. Os atos criminosos
desta semana expuseram falhas graves na segurança pública de acesso ao
aeroporto do Galeão, motivo das críticas em relação ao aumento de frequências
no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Este cenário sombrio agrava os riscos
para os passageiros que agora terão que transitar pelo entorno do aeroporto,
uma área conhecida por ser mais vulnerável à violência em comparação com a
região central onde se localiza o Aeroporto Santos Dumont.
Eu e inúmeros especialistas criticamos veementemente essa
decisão do prefeito e do presidente da República de transferir os voos para o
Galeão. Quem perde? Todos os usuários do transporte aéreo e o turismo.
Estatisticamente falando, é apenas uma questão de tempo até que a violência
tenha reflexos diretos sobre os usuários do transporte aéreo, seja na chegada
ou na saída do Rio de Janeiro.
A transferência do tráfego aéreo sem um planejamento
adequado que considere as realidades de segurança e acesso pode ter
consequências negativas significativas. É imperativo que as autoridades
reavaliem essa decisão e implementem medidas robustas de segurança e melhorias
na infraestrutura para proteger os passageiros e garantir que a cidade continue
sendo um destino atrativo e seguro para turistas e residentes.
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