E FOI ASSIM....
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o Brasil experimentou um notável desenvolvimento no setor de aviação comercial. A partir de 1945, diversas empresas surgiram, expandindo rotas pelo território nacional e contribuindo para a integração do país. Contudo, o setor também enfrentou altos e baixos, resultando no encerramento de várias companhias e em processos de fusão e incorporação.
Pioneirismo no pós-guerra (1945–1960)
No pós-guerra, surgiram importantes empresas como:
Real Transportes Aéreos (1945): Tornou-se uma das maiores da América Latina, sendo incorporada pela Varig em 1961.
Transportes Aéreos Nacional (1946): Originada em Belo Horizonte, também foi absorvida pela Varig em 1961.
Lóide Aéreo Nacional (1947): Criado no Rio de Janeiro, fundido posteriormente com a VASP em 1962.
TAS - Transportes Aéreos Salvador (1949): Empresa regional adquirida pela Sadia em 1962.
Sadia Transportes Aéreos (1955): Criada para transporte de carnes da Sadia, transformou-se na Transbrasil em 1973.
Consolidação e crescimento (1960–1980)
A década de 1960 marcou o início de uma onda de incorporações:
Varig incorporou a Real, Cruzeiro do Sul (outra herdeira da Syndicato Condor), e a Nacional, tornando-se a maior do Brasil.
VASP, após absorver o Lóide Aéreo, consolidou-se como uma das três maiores companhias nacionais.
Transbrasil, já com nova identidade, expandia rotas e frota.
Expansão e crise (1980–2000)
Durante os anos 1980 e 1990, a aviação brasileira viveu expansão, mas também enfrentou crises:
Panair do Brasil (1929), embora anterior a 1945, teve suas atividades abruptamente encerradas em 1965 pelo regime militar.
Cruzeiro do Sul, mesmo após fusão com a Varig, deixou de operar em 1993.
Transbrasil colapsou em 2001 devido a problemas financeiros.
VASP teve a falência decretada em 2005.
Novas tentativas e falências (2000–2025)
O novo século trouxe empresas inovadoras, mas também de curta duração:
TAM cresceu e, em 2012, fundiu-se com a chilena LAN, formando a LATAM Airlines.
WebJet (2005–2012): Companhia low-cost, adquirida pela Gol.
BRA (1999–2007): Voos charter e regulares, colapsou por dévidas.
Flex Linhas Aéreas (2007–2010): Tentativa de manter operações da Varig remanescente.
Flyways (2015–2016) e Sterna (2014–2016): Tentativas regionais fracassadas.
Itapemirim (2021): Operou por apenas seis meses.
Nacional Transportes Aéreos (2000–2002): Durou pouco e não conseguiu se sustentar.
Voepass (1995–2025): Ex-Passaredo, entrou em recuperação judicial e teve operações suspensas pela ANAC.
Considerações finais
A história da aviação comercial brasileira é marcada por ciclos de crescimento, crise e reestruturação. Muitas empresas foram absorvidas, fundidas ou desapareceram diante de dificuldades econômicas, mudanças regulatórias e competição acirrada. Ainda assim, o setor continua essencial para a integração nacional e o desenvolvimento regional, com espaço para novas iniciativas que aprendam com os erros do passado.
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