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quinta-feira, 15 de maio de 2025

Órbita no Voo por Instrumentos: O Que É, Tipos de Entrada e Diferença entre Padrão e Não Padrão"


 

No voo por instrumentos (IFR), a órbita — também chamada de holding pattern — é uma manobra padronizada de espera executada em um fixo de navegação, como um VOR, NDB ou ponto RNAV. Sua função é manter a aeronave em espera com segurança, permitindo organização do tráfego, perda de altitude ou espera por melhores condições meteorológicas.

✅ O Que É uma Órbita no Voo IFR?

A órbita é uma manobra publicada em cartas aeronáuticas e representa uma trajetória elíptica ou em “raquete”, que se repete até nova autorização do controle. Ela é composta por elementos fixos e regras temporais que garantem uniformidade e segurança na sua execução.

🧭 Componentes da Órbita IFR

A órbita é composta pelos seguintes segmentos:

🔹 1. Fixo

Ponto de referência central da órbita (pode ser um VOR, NDB, interseção ou waypoint RNAV).

🔹 2. Perna de Aproximação (Inbound Leg)

Trecho voado em direção ao fixo. Essa é a perna de referência da órbita.

🔹 3. Curva de 180° para Afastamento

Curva padronizada feita após o fixo, na direção apropriada (direita ou esquerda).

🔹 4. Perna de Afastamento (Outbound Leg)

Trecho voado para longe do fixo, com tempo ou distância controlada.

🔹 5. Curva de 180° para Retorno

Curva feita ao final da perna de afastamento para reconectar com a perna de aproximação.

🕒 Tempos de Cada Perna da Órbita

O tempo da perna de afastamento é o elemento mais importante para manter a órbita balanceada:

  • Até o nível de voo FL140 (14.000 pés):
    ⏱️ 1 minuto na perna de afastamento.

  • Acima de FL140:
    ⏱️ 1 minuto e 30 segundos na perna de afastamento.

Obs.: O tempo é medido a partir do término da curva de 180° até o início da próxima curva.

Em algumas situações, especialmente em navegação RNAV ou RNAV-GNSS, o afastamento pode ser medido por distância (DME ou GPS) ao invés de tempo.

🔄 Tipos de Entrada na Órbita

Conforme o ângulo de entrada da aeronave em relação ao fixo, três tipos são recomendados pela ICAO:

1. Entrada Direta

  • Mais comum e simples.

  • A aeronave cruza o fixo e entra diretamente na órbita.

2. Entrada Paralela

  • Após cruzar o fixo, a aeronave voa paralelamente à perna de afastamento, faz uma curva de 180° contrária à direção da órbita e volta para interceptar a perna de aproximação.

3. Entrada em Lágrima (Teardrop)

  • Após cruzar o fixo, a aeronave voa com uma inclinação de 30° da perna de afastamento e, após 1 minuto, curva para interceptar a perna de aproximação.

🔁 Diferença Entre Órbita Padrão e Não Padrão

Órbita Padrão

  • Executada com curvas à direita.

  • Utilizada como padrão ICAO, exceto quando indicado o contrário.

Órbita Não Padrão

  • Executada com curvas à esquerda.

  • Aplicada em situações especiais (obstáculos, tráfego ou limitações geográficas).

  • Sempre publicada em cartas (IAC, STAR, etc).

📌 Conclusão

O domínio da manobra de órbita é fundamental para a segurança do voo IFR. Saber reconhecer os tipos de entrada, os tempos corretos e os componentes da órbita permite que o piloto mantenha a aeronave dentro dos limites regulamentares, evite conflitos com o tráfego e opere de forma profissional mesmo sob pressão ou em condições adversas.

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