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terça-feira, 20 de maio de 2025

Qual é a participação do capital estatal nas companhias aéreas europeias?


 

A aviação civil europeia passou por uma ampla transformação nas últimas décadas. Muitas companhias antes estatais foram privatizadas ou tiveram o controle transferido para acionistas privados. No entanto, a presença do Estado ainda é visível em algumas das maiores empresas do continente. Mas afinal, qual é a real participação do capital estatal nas companhias aéreas europeias em 2024?

Neste artigo, vamos analisar os principais grupos aéreos da Europa e mostrar quais governos ainda possuem influência acionária nas operações aéreas.

Participação estatal na aviação europeia: um panorama atualizado

1. Air France-KLM

  • Participação do governo francês: cerca de 28%

  • Participação do governo holandês: aproximadamente 10%

  • Durante a pandemia, o Estado francês ampliou sua participação para socorrer a empresa. Apesar da intenção de reduzir sua fatia, a presença estatal ainda é significativa.

  • Influência: o governo francês é o maior acionista individual do grupo, com forte peso nas decisões estratégicas.

2. ITA Airways (Itália)

  • Criada para substituir a Alitalia, a ITA nasceu estatal.

  • Em 2023, a Lufthansa adquiriu 41% da empresa.

  • Participação estatal atual: cerca de 59%

  • A privatização completa está prevista para ocorrer nos próximos anos.

3. TAP Air Portugal

  • Após dificuldades financeiras acentuadas pela pandemia, a TAP foi reestatizada em 2020.

  • Participação estatal atual: 100%

  • O governo português já iniciou o processo de privatização, com interesse de grupos como Lufthansa, IAG e Air France-KLM.

4. SAS – Scandinavian Airlines

  • Originalmente compartilhada entre Suécia, Dinamarca e Noruega.

  • Noruega vendeu toda sua participação.

  • Suécia e Dinamarca mantêm participação reduzida, inferior a 20% cada.

  • A empresa está passando por uma reestruturação financeira, com aquisição parcial por um consórcio liderado pela Air France-KLM.

5. Lufthansa Group

  • Maior grupo aéreo da Europa.

  • Durante a pandemia, o governo alemão comprou 20% da empresa como parte de um plano de resgate.

  • Hoje, a participação estatal é zero. O governo vendeu sua última fatia em 2023.

6. IAG – International Airlines Group

  • Holding que controla British Airways, Iberia, Vueling e Aer Lingus.

  • Capital 100% privado, com ações negociadas em bolsas de valores.

  • Não há participação estatal direta nos países de origem (Reino Unido e Espanha).

7. Companhias low cost (Ryanair, EasyJet, Wizz Air)

  • Empresas com capital totalmente privado.

  • Não há participação de governos na estrutura acionária.

O que explica a permanência do Estado em algumas companhias aéreas?

Mesmo com a tendência de privatização, alguns governos europeus ainda mantêm participação acionária em suas companhias aéreas por razões estratégicas:

  • Soberania aérea: garantir conectividade nacional e internacional.

  • Empregos e economia: proteger empregos diretos e indiretos gerados pelo setor.

  • Segurança e logística: manter operações em regiões críticas ou pouco rentáveis.

  • Crises sistêmicas: como foi o caso da pandemia de COVID-19, em que a intervenção estatal foi vital para evitar colapsos no setor.


Conclusão

Embora a maior parte das companhias aéreas europeias sejam privadas ou de capital aberto, o capital estatal ainda está presente em algumas empresas estratégicas, como Air France-KLM, ITA Airways, TAP e, em menor grau, SAS. A tendência, no entanto, é de redução gradual dessa participação, com os Estados vendendo ações para grupos privados ou investidores internacionais.

Para quem acompanha o setor aéreo ou atua em logística e transporte, entender a composição acionária dessas empresas é essencial, pois ela influencia decisões de investimento, rotas, parcerias e estratégias de crescimento sustentável.

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