Na aviação, o Master Minimum Equipment List (MMEL) e o
Minimum Equipment List (MEL) são documentos fundamentais que definem quais
equipamentos de uma aeronave podem estar inoperantes, ainda assim permitindo
que a aeronave seja operada com segurança. Vou explicar cada um deles:
O MMEL é um documento elaborado pelo fabricante da aeronave,
aprovado pela autoridade de aviação civil do país (por exemplo, FAA nos Estados
Unidos, ANAC no Brasil, EASA na Europa). Ele lista todos os sistemas e
equipamentos da aeronave que podem ser inoperantes sob determinadas condições
sem comprometer a segurança do voo. O MMEL é genérico para uma determinada
categoria de aeronave, abrangendo todas as variantes desse modelo e todas as
possíveis configurações operacionais.
Padrão Máximo de Tolerância: Representa o limite máximo de
tolerância para operar a aeronave com certos equipamentos inoperantes.
Aprovação Regulatória: É aprovado pela autoridade reguladora
de aviação e serve como base para o desenvolvimento do MEL específico de cada
operador.
Condições e Restrições: Especifica as condições sob as quais
a aeronave pode operar com equipamentos inoperantes, como limitações de tempo
para reparos ou restrições operacionais (ex.: voo em condições VMC - Visual
Meteorological Conditions).
Minimum Equipment List (MEL)
O MEL é um documento específico para cada operador
(companhia aérea ou operador de aeronaves) e é baseado no MMEL. Enquanto o MMEL
é mais abrangente e aplicável a todas as aeronaves de um determinado modelo, o
MEL é adaptado à frota específica de uma operadora, levando em conta suas
operações, manutenção e outras características particulares. O MEL deve ser
aprovado pela autoridade de aviação civil do país onde a operadora está
registrada.
Personalização: É desenvolvido pela operadora e pode ser
mais restritivo que o MMEL, mas nunca menos restritivo. Ou seja, pode listar
menos itens como operáveis do que o MMEL permite.
Aprovação Regulatória: Assim como o MMEL, o MEL precisa ser
aprovado pela autoridade de aviação civil.
Uso Operacional: Serve como uma ferramenta prática para a
tripulação e o pessoal de manutenção. Se um item está inoperante, a tripulação
consulta o MEL para determinar se a aeronave pode ser operada de forma segura
sem aquele item e quais procedimentos ou restrições devem ser seguidos.
Relação entre MMEL e MEL:
O MMEL é a base para a criação do MEL.
O MEL deve estar em conformidade com o MMEL ou ser mais
restritivo.
O MEL é específico para uma operadora e pode refletir a
política operacional, tipo de operações (domésticas, internacionais, etc.), e
capacidades de manutenção da operadora.
Importância Operacional:
Esses documentos são cruciais para garantir que, mesmo com
equipamentos inoperantes, a segurança dos voos seja mantida. Eles permitem uma
operação mais flexível das aeronaves, evitando cancelamentos desnecessários de
voos, ao mesmo tempo em que garantem que todas as operações sejam conduzidas
dentro dos limites de segurança estabelecidos.
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