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sexta-feira, 25 de abril de 2025

Voepass pede recuperação judicial e expõe crise na aviação regional brasileira


 

Voepass entra com novo pedido de recuperação judicial e acusa LATAM de agravar sua crise. Entenda os impactos para a aviação regional no Brasil.

Introdução

A Voepass Linhas Aéreas, uma das principais companhias da aviação regional brasileira, entrou com um novo pedido de recuperação judicial em abril de 2025. A empresa, anteriormente conhecida como Passaredo, enfrenta uma grave crise financeira, agravada por um acidente fatal e a suspensão de suas operações pela ANAC. Neste artigo, analisamos os fatores que levaram a esse cenário, o papel da LATAM na disputa e os possíveis desdobramentos para o setor aéreo regional.

Quem são os donos da Voepass?

A Voepass foi fundada por José Luiz Felício em 1995 e é atualmente presidida por seu filho, José Luiz Felício Filho, que assumiu o comando da companhia nos anos 2000. A gestão familiar tem buscado manter a atuação da empresa em rotas regionais essenciais para o interior do Brasil, com base operacional em Ribeirão Preto (SP).

O pedido de recuperação judicial

O novo pedido de recuperação judicial foi protocolado na 8ª Vara Cível de Ribeirão Preto. A empresa afirma possuir dívidas totais de aproximadamente R$ 429 milhões, das quais R$ 209 milhões estão sujeitas à recuperação judicial. Dentro desse montante, destacam-se R$ 43 milhões em passivos trabalhistas, o que agrava ainda mais a situação da companhia.

Este é o segundo processo de recuperação judicial da Voepass — o primeiro ocorreu entre 2012 e 2017.

O impacto do acidente de 2024

A crise se agravou com o trágico acidente aéreo de agosto de 2024, envolvendo um ATR-72 da Voepass, que caiu em Vinhedo (SP), vitimando 62 pessoas. O episódio gerou comoção nacional e levou a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) a suspender todas as operações da companhia em março de 2025, citando falhas graves de segurança.

Disputa com a LATAM: parceria rompida e acusações

A Voepass responsabiliza a LATAM Airlines por parte de sua crise atual. Segundo a companhia, após o acidente, a LATAM suspendeu operações de quatro aeronaves em regime de codeshare e reteve repasses financeiros acordados, contribuindo para a deterioração do caixa da Voepass.

A LATAM, por sua vez, nega as acusações e afirma que as decisões foram tomadas com base em preocupações operacionais e de segurança.

O que esperar daqui para frente?

A Voepass afirma que pretende retomar suas atividades assim que possível, destacando sua importância para a conectividade regional e sua presença de 30 anos no mercado. No entanto, a reestruturação depende da aceitação do plano de recuperação judicial e da liberação das restrições impostas pela ANAC.

Especialistas jurídicos destacam que, embora legalmente permitido, um segundo pedido de recuperação judicial exige justificativas muito consistentes, especialmente quando a empresa ainda não demonstrou viabilidade operacional após o primeiro processo.

Considerações finais

O caso da Voepass evidencia as fragilidades do setor de aviação regional no Brasil, pressionado por altos custos operacionais, dependência de parcerias e baixa margem de lucro. A situação atual da empresa traz à tona a necessidade de políticas públicas e incentivos específicos para preservar a aviação de pequeno porte, que é essencial para a integração de regiões afastadas.

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