O transporte aéreo sempre teve papel estratégico em um país continental como o Brasil, conectando regiões distantes com agilidade e promovendo desenvolvimento regional. No entanto, desde os anos 2000, os governos de viés político à esquerda — Lula I, Lula II, Dilma Rousseff e Lula III — adotaram uma postura que, na prática, desacelerou o crescimento da aviação regional e fragilizou a conectividade aérea fora dos grandes centros.
Neste artigo, você vai entender como as decisões políticas afetaram o setor aéreo brasileiro, especialmente o regional, com base em dados, programas e ações (ou a falta deles).
🛬 O Transporte Aéreo Regional: Uma Conquista em Risco
A aviação regional é vital para o Brasil. Ela conecta municípios afastados dos grandes centros, favorece o escoamento de produção, o acesso a serviços médicos, educação e turismo. Mas essa aviação, majoritariamente operada por aeronaves de pequeno porte e aeroportos menores, exige apoio estruturado do Estado, seja em forma de subsídios, investimento em infraestrutura ou incentivos operacionais.
Durante os governos de esquerda, no entanto, houve um declínio na atenção política ao transporte aéreo regional, o que resultou em:
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Redução da malha aérea fora dos grandes eixos (sudeste/sul);
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Fechamento ou ociosidade de aeroportos regionais;
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Concentração de voos nas grandes capitais;
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Falta de incentivos à aviação geral e à formação de pilotos.
🔍 O que fizeram (ou deixaram de fazer) os governos Lula I e II?
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Criação da ANAC (2005): embora tenha sido um passo importante, a agência nasceu com limitações operacionais e foco regulatório, sem poder efetivo de indução ao crescimento regional.
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Investimentos priorizaram o transporte rodoviário e urbano, relegando o transporte aéreo a um segundo plano.
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Crise da Varig (2006): expôs a fragilidade da aviação comercial nacional e deixou muitos municípios sem cobertura aérea.
💼 Dilma Rousseff e o Programa de Aviação Regional
Em 2012, o governo Dilma anunciou o Programa de Aviação Regional, com a promessa de investir em 270 aeroportos. Contudo:
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Menos de 20% dos projetos foram executados;
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Recursos foram contingenciados por cortes orçamentários;
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O programa foi engavetado sem atingir os resultados prometidos.
Além disso, o foco do governo estava nas concessões dos grandes aeroportos (Galeão, Guarulhos, Confins, Brasília), o que acentuou a concentração da malha aérea nas capitais.
🚫 Lula III: foco em portos e cabotagem, silêncio sobre a aviação
Desde 2023, o atual governo Lula III tem apostado fortemente na reconstrução da indústria naval e na expansão da cabotagem (BR do Mar) como solução logística nacional. Até o momento, não houve anúncio de um novo programa robusto para a aviação regional. As ações estão voltadas para:
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Estímulo à navegação de cabotagem;
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Reforço da malha ferroviária e rodoviária;
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Revitalização portuária.
A aviação regional segue fora do radar político prioritário, mesmo após o impacto da pandemia sobre o setor e o encarecimento das operações aéreas.
📊 O que isso significa para o Brasil?
O desinteresse por políticas de fomento ao transporte aéreo, especialmente o regional, tem consequências graves:
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Redução da conectividade nacional;
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Isolamento de cidades médias e pequenas;
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Aumento do custo de deslocamento para a população;
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Desestímulo à aviação geral, formação de pilotos e operação de pequenas empresas aéreas.
🎯 Conclusão: o transporte aéreo precisa voltar à agenda nacional
O Brasil precisa de uma política pública consistente para o transporte aéreo regional. A aviação é mais do que um modal de luxo — é infraestrutura essencial para integração nacional. Os governos de esquerda, até agora, não deram a devida prioridade a esse setor, e é urgente que isso mude.
A reconstrução do transporte aéreo regional exige vontade política, visão estratégica e compromisso com o desenvolvimento equilibrado do território nacional.
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