O que está acontecendo com a FAB?
Em uma declaração surpreendente, o Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, admitiu publicamente que a Força Aérea Brasileira (FAB) enfrenta sérias restrições operacionais, com parte significativa de sua frota parada por falta de combustível e recursos para manutenção. Segundo investigações da imprensa nacional, 7 dos 10 aviões oficiais da FAB estão inoperantes, restando apenas três aeronaves em atividade.
A situação impacta diretamente o transporte de autoridades e a capacidade de resposta da aviação militar, expondo a fragilidade da infraestrutura aérea de defesa no Brasil.
Corte de verbas deixa aviões no chão
A crise orçamentária que atinge as Forças Armadas tem colocado em risco a prontidão operacional da FAB. Lubrificantes estão sendo reaproveitados, peças de reposição estão em falta, e até voos prioritários estão sendo cancelados. O resultado? Ministros e autoridades enfrentam filas em voos comerciais, algo inédito em décadas.
Implicações para a segurança nacional
A paralisação de grande parte da frota da FAB não afeta apenas o transporte institucional. Ela compromete, sobretudo, a segurança do espaço aéreo nacional. Em situações de emergência — como interceptações, apoio logístico em desastres ou transporte de órgãos —, a capacidade de resposta rápida da aviação militar brasileira está limitada.
Além disso, o cenário enfraquece o prestígio do Brasil em operações conjuntas com outras forças internacionais, afetando a diplomacia e a soberania do país.
PEC da Previsibilidade: uma proposta de solução
Diante da crise, o ministro defende a criação de uma PEC da Previsibilidade, que garantiria 2% do PIB destinado anualmente à Defesa, evitando cortes abruptos e permitindo planejamento a longo prazo.
Essa medida busca resgatar a estabilidade operacional das Forças Armadas e assegurar investimentos constantes em equipamentos, pessoal e tecnologia — algo essencial em um país com dimensões continentais como o Brasil.
O que podemos aprender com essa crise?
A declaração de que a FAB está no chão não é apenas um desabafo — é um alerta grave sobre a necessidade de tratarmos a defesa nacional como prioridade de Estado, e não como tema secundário sujeito a contingenciamentos.
A aviação militar não pode ser vista como luxo, mas sim como infraestrutura crítica, tanto para proteção quanto para apoio humanitário e logístico. Sem ela, o país fica vulnerável e perde capacidade de resposta em momentos decisivos.
Conclusão
A atual situação da Força Aérea Brasileira reflete um quadro de negligência orçamentária que coloca em risco a soberania do Brasil. É hora de refletir sobre a importância de investir na aviação militar como garantia de segurança, estabilidade e capacidade de ação.
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