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sábado, 10 de maio de 2025

🚨 Como um Avião da GOL Colidiu com um Caminhão na Pista do Galeão? Entenda o Acidente e Seus Impactos na Aviação Brasileira

 


Na noite de 11 de fevereiro de 2025, um Boeing 737 MAX 8 da GOL Linhas Aéreas, que operava o voo G3 1674 com destino a Fortaleza, colidiu com um veículo de manutenção na pista de decolagem do Aeroporto Internacional do Galeão (SBGL), no Rio de Janeiro. O caso chamou atenção nacional e internacional e levanta sérias questões sobre os protocolos de segurança operacional em aeroportos brasileiros.

Acidente com avião da GOL no Galeão: o que aconteceu?

Durante a corrida de decolagem, o piloto avistou um veículo de solo na pista. Em uma reação rápida, a tripulação abortou a decolagem e conseguiu parar a aeronave com segurança. A colisão causou danos significativos ao motor esquerdo e à parte inferior da fuselagem da aeronave, além da destruição completa do veículo terrestre envolvido.

Felizmente, não houve feridos entre os 150 passageiros e tripulantes a bordo. O desembarque ocorreu diretamente na pista, e os passageiros foram realocados em voos alternativos ou hospedados pela companhia.

Acidente ou incidente? O que diz a legislação aeronáutica?

De acordo com o Anexo 13 da ICAO e com a definição da ANAC no RBAC 915, a ocorrência é classificada como acidente aeronáutico, pois houve:

  • Dano estrutural à aeronave;

  • Risco real à segurança operacional;

  • Necessidade de investigação formal.

Esse tipo de evento exige apuração detalhada e publicação de relatório final com recomendações de segurança para evitar novas ocorrências.

Como isso é possível em pleno 2025?

Essa é a pergunta que não quer calar. Com tantos avanços em segurança operacional, monitoramento remoto e automação de tráfego em solo, é inaceitável que uma viatura de manutenção acesse uma pista ativa sem controle.

O que pode ter falhado:

  • Falha na comunicação entre torre de controle e equipe de solo;

  • Acesso indevido sem autorização ou erro humano;

  • Falta de barreiras físicas e alarmes automáticos de incursão;

  • Falha no uso de radar de superfície (SMR) ou sistema ADS-B.

Impactos na imagem e confiança da aviação brasileira

Esse acidente ocorre em um dos principais hubs do país e expõe a fragilidade da gestão de pista mesmo sob concessão privada. Eventos como esse:

  • Abalam a confiança do público na segurança aérea;

  • Prejudicam a imagem da aviação nacional em mercados internacionais;

  • Colocam em dúvida a eficácia da fiscalização e cultura de segurança.

Investigação e próximos passos

O caso está sob análise do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). A GOL, por sua vez, afirmou colaborar com as autoridades. Espera-se que o relatório final traga não apenas a causa da falha, mas também recomendações sérias e urgentes para o aprimoramento da segurança nos aeroportos brasileiros.

📌 Conclusão: lições que não podemos ignorar

O Brasil já enfrentou duras lições com acidentes como o da GOL 1907 em 2006. Passados quase 20 anos, episódios como esse no Galeão mostram que a cultura de segurança ainda precisa evoluir, especialmente na gestão de solo e nas operações em aeroportos.

O que aconteceu no Galeão não pode ser tratado como “falha pontual”. É um alerta grave para todo o sistema aeronáutico nacional.

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