O recente corte de R$ 30 milhões no orçamento da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), anunciado pelo governo federal, acende um alerta vermelho em todo o setor aeronáutico brasileiro. Embora enquadrado como parte de um esforço de ajuste fiscal, o impacto dessa medida ultrapassa a esfera econômica — toca diretamente na segurança de voo e na preservação de vidas.
📉 Menos fiscalização, mais vulnerabilidades
A ANAC exerce um papel vital na aviação nacional. Cabe à agência garantir que aeronaves, operadores, oficinas, escolas e profissionais cumpram padrões rigorosos de segurança e operação. Com menos verba, a capacidade de fiscalização e inspeção pode ser drasticamente reduzida.
Menos voos inspecionados. Menos oficinas auditadas. Menos presença nos aeroportos. Menos capacidade de resposta às denúncias. Esse cenário fragiliza os pilares que sustentam a cultura de segurança da aviação brasileira.
⚠️ Prenúncio de mais uma tragédia?
A história da aviação mostra que grandes tragédias costumam ser antecedidas por sinais ignorados: cortes de custos, adiamentos de inspeções, sobrecarga de trabalho em fiscais e falhas operacionais não identificadas a tempo.
Esse corte de R$ 30 milhões na ANAC pode ser visto como mais um prenúncio preocupante. Quando a vigilância enfraquece, a margem para erros aumenta — e erros na aviação custam vidas.
🛫 Impacto na expansão e competitividade
Além da segurança, a operacionalidade do setor também está em risco. A ANAC é responsável pela certificação de novas rotas, aeronaves, empresas aéreas e operadores regionais. Com orçamento apertado, esses processos ficam mais lentos, desestimulando investimentos e comprometendo o crescimento da malha aérea.
Empresas sérias, que investem em segurança e conformidade, passam a concorrer com operadores oportunistas que se aproveitam da redução da fiscalização para cortar custos às custas da segurança.
🚨 Um alerta que não pode ser ignorado
A aviação brasileira é uma referência internacional em segurança, construída com décadas de trabalho técnico, rigor regulatório e vigilância constante. Um corte desse porte coloca em risco tudo o que foi conquistado.
É preciso que o governo, o Congresso e a sociedade entendam: não há economia possível que justifique colocar vidas em risco. Cortar da segurança de voo é brincar com o imprevisível. E, infelizmente, todo prenúncio ignorado já escreveu páginas trágicas na história da aviação.
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